Medicina dentária biológica

Na última década, assistimos a uma mudança na forma como a indústria alimentar comercializa o que consumimos. Actualmente, existe uma preocupação muito maior com a forma como os nossos alimentos são produzidos, embalados e distribuídos, e toda a indústria alimentar biológica, livre de OGM (organismos geneticamente modificados) e pesticidas, teve um impacto real neste processo.

Até temos supermercados totalmente orientados para esta premissa. No fim de contas, somos o que comemos, e quanto mais saudável for a nossa alimentação, mais saudáveis seremos. Também acredito que quanto mais orgânicos forem os tratamentos dentários, mais saudável será a pessoa em geral. Por conseguinte, devemos começar a olhar para além dos tratamentos mecânicos e estéticos e começar a compreender melhor a inflamação e a toxicidade de alguns tratamentos antigos. Há alguns anos, comecei a fazer uma pergunta simples: “Como seria o movimento dos alimentos biológicos em relação à medicina dentária?” É uma pergunta difícil de responder. Em medicina dentária, procuramos sempre eliminar as infecções e restaurar a função mastigatória, e fizemo-lo com a melhor das intenções, mas por vezes, potencialmente, com materiais que podem não ser a melhor escolha.

Tal como precisamos de rótulos “bio” e “orgânicos” nos nossos alimentos, porque muitos dos produtos que estão no mercado contêm toxinas, e tal como muitos alimentos processados contêm químicos nocivos, não deveríamos também ter essa premissa na medicina dentária e na medicina em geral? Creio que sim. Para mim, esta é uma tendência futura nos cuidados de saúde. Por exemplo, apesar de muitas pessoas pensarem o contrário, o mercúrio presente nas amálgamas é um neurotóxico conhecido. A sua utilização em mulheres grávidas e crianças foi recentemente proibida pela FDA (Food and Drug Administration). Os efeitos negativos do mercúrio para a saúde são mais do que evidentes, os dados são sólidos e há mesmo uma preocupação crescente com este metal no peixe que consumimos. Níveis elevados de mercúrio no sangue podem levar a problemas neurológicos. Então porquê usá-lo nos nossos dentes, dentro das nossas cabeças, perto dos nossos cérebros?

Em muitos países, é proibido defender a troca do “chumbo” pela opção mais orgânica que é a resina composta. Tenho o prazer de dizer que, em mais de 24 anos de carreira, nunca fiz uma obturação de amálgama.

Somos pioneiros em “medicina dentária biológica” e estudamos todas as formas de eliminar a inflamação e a toxicidade na cavidade oral, bem como de restaurar sorrisos. Para mais informações, consulte www.whiteclinic.pt/pt-pt.

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